A China, local do grande surto inicial do COVID-19, tem se saído excepcionalmente bem no controle da infecção desde então. Isso permitiu que o país impulsionasse sua economia em tempo recorde, mas ao longo do caminho, as coisas mudaram. Entender e se adaptar a essas mudanças pode levar algum tempo, mas terá uma boa recompensa no final ao vender mais pelo designer
Compreender os consumidores mais ativos e irrestritos do mundo não é apenas uma tábua de salvação para startups quando outros mercados estão fechados ou lentos. Eles oferecem um vislumbre das tendências do maior mercado do mundo após o coronavírus. Podemos ver alguns padrões já presentes no Ocidente que são novos para a China e alguns padrões que podem chegar da China ao mundo.
Agora, se sua marca está pensando em entrar no mercado chinês, existem quatro grupos emergentes principais e três grupos familiares que acredito serem essenciais para o sucesso futuro, com base em minha experiência aqui na China. Vamos começar com os grupos emergentes:
1. Jovens adultos em cidades de nível inferior brilham
Esse grupo de consumidores é menos afetado por uma desaceleração geral porque o consumo nas cidades de nível inferior está acelerando, apesar do que está acontecendo nas cidades de nível superior. Sua renda está aumentando, mas seu custo de vida não.
Embora tendam a buscar itens com preços mais baixos, também estão fazendo compras de luxo. Suas compras anuais de luxo somam cerca de 393.900 RMB, em comparação com 344.100 RMB nas cidades de Nível 1 e 275.000 RMB nas cidades de Nível 2.
As empresas chinesas de tecnologia já estão lucrando bastante com esse mercado composto principalmente de consumidores jovens e solteiros que eles chamam de mercado Xiachen (下沉 “afundado / afundado”).
O número de usuários da Internet neste grupo aumentou em 24,61 milhões em março e 70% dos novos usuários no Taobao e JD.com vieram daqui. Pinduoduo, Vipshop e Xianyu também são plataformas populares.
Eles estão comprando eletrodomésticos, produtos de entretenimento, imóveis, carros, marcas de beleza domésticas e produtos de plataformas de vídeos curtos. Em termos de cosméticos, Estée Lauder e Perfect Diary são as principais marcas.
2. Surfistas prateados surfam na onda digital
A China tem uma população envelhecida, portanto, envolver-se com eles é uma necessidade e uma oportunidade que as marcas devem aproveitar em 2021.
Desde o início da pandemia, os consumidores mais velhos se tornaram muito mais confortáveis on - line e agora fazem parte da força de compras por e-commerce da China. No primeiro semestre de 2020, os idosos fizeram 55% de suas compras de roupas online.
Há mais usuárias de Internet seniores do sexo feminino em 57,1% e cerca de 43% dos internautas seniores ativos são de cidades de 1ª e 2ª camadas. A maioria deles usa o Taobao para compras online, seguido por JD e Pinduoduo. Eles usam redes sociais como WeChat e QQ, plataformas de vídeo como iQiyi e sites e aplicativos de notícias e informações.
Eles estão procurando por experiências, conexões sociais e oportunidades de aprendizagem. Em termos de produtos, querem eletrodomésticos, suplementos de saúde, opções de viagens, seguros e produtos financeiros. O mercado de entretenimento social para idosos da China deve atingir 882 bilhões de RMB em 2021.
Os idosos da China não têm tempo para marcas que falam desdenhosamente com eles. O marketing deve apresentar pessoas mais velhas que tenham orgulho de sua idade, de suas realizações e não tenham medo de mostrar seu talento e personalidade.
3. O mercado de donos de animais está em alta
Este é um grupo de consumidores em crescimento em muitos mercados, já que a Covid causou uma redução dramática na renúncia de animais de estimação e um grande aumento nas adoções de animais de estimação em muitos países . 202,4 bilhões de RMB foram injetados no mercado de animais de estimação da China em 2019, um aumento anual de 18,5%, com vendas online superiores a 30 bilhões de RMB. Os amantes de animais de estimação chineses estão até comprando produtos de luxo para seus animais de estimação.
Uma pesquisa descobriu que, embora apenas 22% dos lares na China tenham animais de estimação, os números ainda somam 100 milhões de famílias e os donos de animais tendem a se concentrar nas cidades costeiras de primeiro e segundo níveis.
Os donos mais jovens estão ansiosos para fornecer o melhor estilo de vida para seus animais de estimação e há uma demanda crescente por xampus secos, loções para as patas e produtos de limpeza para animais. Entre junho e dezembro do ano passado, esses produtos tiveram um crescimento de vendas de três dígitos na Tmall Global. Os donos de animais de estimação até usam as redes sociais para organizar encontros para seus animais de estimação.
Para marcas que não estão no espaço para animais de estimação, fazer co-branding de itens ou promover com blogueiros e influenciadores de animais de estimação que correspondam à sua marca é uma jogada inteligente.
4. Mulheres poderosas estão reivindicando
Mulheres na casa dos 30 anos ou mais são, sem dúvida, um dos grupos de consumidores mais discutidos na China este ano. Dois programas - Sisters Who Make Waves e Nothing But Thirty - foram fundamentais em um tipo diferente de representação para as mulheres na cultura pop na China - mais velhas, fortes, empoderadas e algumas que são divorciadas ou mães solteiras.
Mulheres chinesas com ensino superior e maior participação na força de trabalho têm mais autonomia financeira e liberdade pessoal do que nunca e estão passando mais tempo online do que nunca.
Eles procuram experiências, aventura, beleza, autocuidado, saúde, moda e conhecimento, mas não estão apenas gastando mais consigo mesmos. Eles também são responsáveis por três quartos das decisões de compra das famílias.
Recomendações, promoções, compras em grupo e streaming ao vivo influenciam muito as consumidoras. Isso se reflete no uso de miniprogramas WeChat, grupos privados WeChat e comunidades de recomendação de compras como o Red. As marcas de luxo estão se beneficiando mais com os 70% do crescimento global dos gastos com luxo, graças à abastada classe média chinesa, à geração Y e às consumidoras.
As marcas devem evitar estereótipos em suas campanhas de marketing para mulheres neste grupo e prestar atenção ao sentimento do consumidor nas redes sociais chinesas. Uma coisa que as marcas não podem fazer é ignorar esse grupo.
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