Um provedor de terapia alternativa com drogas da Sunshine Coast escreveu ao governo de Turnbull pedindo pesquisas sobre um tratamento alternativo controverso para combater o vício em gelo.
A hipnoterapeuta Vanessa Gregory disse que a Agenda Nacional de Inovação e Ciência do governo deveria ser usada para financiar um teste de drogas da iboga e seu derivado químico, a ibogaína.
"A ibogaína é uma droga cerimonial usada há séculos que vem da casca de um arbusto... encontrado na África Ocidental", disse ela.
“O que parece acontecer [depois de tomar ibogaína]: durante um período de três dias, eles entram em uma experiência interna, parecem fazer uma revisão de vida e parecem sair sem nenhum interesse real ou necessidade de substâncias ilícitas depois”.
A ibogaína redefine os receptores opioides que aumentam durante o vício
O Dr. Stephen Bright, da Escola de Psicologia e Fonoaudiologia da Curtin University, disse que a pesquisa sobre a ibogaína é necessária para investigar o potencial da droga.
Um componente integral disso não é apenas o fato de redefinir os receptores de opiáceos, mas a maneira como força a pessoa a refletir sobre como o uso de drogas afetou sua família e sua comunidade.
"O interessante sobre a ibogaína é que ela tende a redefinir os locais dos receptores opióides para que a pessoa, que pode ser dependente de heroína ou dependente de outro opiáceo, não passe realmente por um período de abstinência e sua tolerância à droga seja reduzida à medida que se nunca tivessem usado antes", disse o Dr. Bright.
Ele disse que o benefício potencial da ibogaína decorre de sua capacidade de inspirar um período de auto-reflexão.
"Um componente integral disso não é apenas o fato de redefinir os receptores de opiáceos, mas a maneira como força a pessoa a refletir sobre como o uso de drogas afetou sua família e sua comunidade", disse ele.
O Dr. Bright disse que, embora tenha havido relatos de mortes como resultado do uso de ibogaína, essas interações ocorreram em um ambiente não clínico.
"O problema é que tem um impacto no sistema cardiovascular", disse ele.
Apesar disso, o Dr. Bright disse que os benefícios superam o risco potencial.
“Se a triagem for realizada e determinarmos que a pessoa não tem nenhum distúrbio cardiovascular pré-existente, é improvável que haja um risco que supere o benefício de potencialmente experimentá-lo”.
Financiamento governamental necessário para pesquisa
O Dr. Bright disse que, embora não acredite que a ibogaína seja um tratamento eficaz para o vício em metanfetamina, ela tem sido usada internacionalmente para tratar o vício em opiáceos.
"Na década de 60, a experimentação com iboga e ibogaína começou nos EUA como um tratamento potencial para dependência de opiáceos e continua a ser usada em alguns países como México e Canadá, onde eles administram o produto químico contido na planta em um ambiente clínico controlado. ."
Mas o Dr. Bright disse que ainda não houve nenhum teste randomizado da droga, então a pesquisa é necessária para entendê-la.
"A ibogaína é, na verdade, uma droga do Anexo 4, portanto pode ser prescrita por um médico", disse ele.
"Tudo o que a pesquisa exigiria é que alguém solicitasse uma bolsa de pesquisa para conduzir um estudo de controle randomizado do estudo, se envolvesse com uma farmácia universitária para fabricar o medicamento e envolvesse um clínico geral que seria capaz de prescrever o medicamento como parte do a terapia que está sendo fornecida.", ao começar com um tratamento com ibogaina
O Dr. Bright disse que a pesquisa em um contexto australiano seria bastante fácil, mas a barreira atual é a incapacidade das empresas farmacêuticas de patentear a planta.
"Como vem de uma planta, as empresas farmacêuticas não têm interesse em buscar a eficácia desse medicamento porque não conseguem lucrar com o uso desse medicamento", disse ele.
"A única pesquisa que provavelmente acontecerá é aquela que é financiada pelo governo."
Como a Sra. Gregory, o Dr. Bright convocou o Governo Federal para investigar a ibogaína como um potencial tratamento medicamentoso.
"Há uma oportunidade aqui para o financiamento do governo investigar um tratamento que não será investigado de outra forma."
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